Os trabalhadores da fábrica de plásticos Lena concentraram-se no centro de Leiria, na manhã de segunda-feira, e entregaram uma carta ao Ministério Público exigindo averiguações urgentes na empresa. O objectivo é evitar o encerramento da empresa e a perda dos seus postos de trabalho.
«É necessário que a justiça seja célere para que cause efeito em tempo útil», afirmam os delegados do Sindicato dos Trabalhadores da Química, no documento, classificando a situação dos funcionários como «dramática».
Os sócios da Lena criaram uma outra empresa, a Galaica, em meados da década de 90. «A alteração imediata foi o não aumento de salários de 1994 a 2001», conta o sindicato. Em 2000, os salários começam a ser pagos com atrasos. «Apesar de grande parte da mercadoria ser facturada em nome da Galaica, apenas a Lena paga salários e custos de produção», clarifica.
Os trabalhadores referem fortes suspeitas de delapidação do património da empresa inicial e querem que os moldes que foram recentemente retirados sejam repostos. «Revoltados com tanta burla», os funcionários mostram-se disponíveis para colaborar com a Justiça numa «investigação urgente».